sábado, 4 de novembro de 2017
domingo, 22 de outubro de 2017
COM UM FILHO SE FAZ UMA COZINHEIRA. COM DOIS, ENTÃO...
Bolo de chocolate, calda de café e chocolate, doce de cupuaçu com cointreau e raspinhas de cumaru ralado |
O ano era 1988 e eu estava prestes a dar à luz ou parir meu primeiro filho, o Ian, hoje com 29 anos. Eu tinha me mudado do Acre para o Ceará no ano anterior e embora desde pequena adorasse cozinhar e inventar coisas, nem de longe esta era uma atividade rotineira na minha vida, naquele momento. Os diversos movimentos políticos dos quais eu fazia parte, o trabalho e a faculdade tinham me afastado enormemente daquela paixão infantil que sempre tinha sido uma zona de conforto poderosa para mim.
Daí veio a mudança e lembro bem que nesta época minha cartela de pratos era extremamente limitada: café, o arroz soltinho e com bastante alho que meu pai tanto gostava e a maionese rigorosamente feita à mão e com todas as verduras e legumes muito secos para não desandar. Eram as minhas especialidades. Eu também fazia um chocolate quente muito bom e apreciado pela família, com uma bela camada de claras batidas, ideal para os dias de chuva. E aprendi com a minha avó materna uma cobertura de bolo deliciosa, feita de açúcar e manteiga, castanhas torradas e café.
Quase no dia da minha partida para o Ceará, meu pai, exímio cozinheiro, me ensinou a enrolar charutos, aqueles rolinhos de couve ou repolho recheados com uma mistura deliciosa de carne e arroz e cobertos por um belo molho de tomate, este uma contribuição acreana ao prato árabe tão ao gosto aqui da terra. E com estes ases na manga lá me fui, sem muita preocupação em aprender novos pratos.
Quem já engravidou sabe: às vezes, aparece uma fome inexplicável, uma vontade que nem posso chamar de desejo, mas que tem que ser preenchida, lá isso tem. Eu sempre fui de andar léguas para comer o que queria. E nem adianta, não consigo comer a mesma coisa todo dia. Não tenho luxos, mas a comida precisa ter aquele cheiro que nos dá a certeza de que cada mordida vai nos deixar leves, felizes. Às vezes é uma sopa, uma salada, um ovo quente. Outras, o prato completo. Mas o frescor tem que estar presente.
E eu comecei a experimentar novos sabores e aqui e ali, me arriscar na cozinha, de forma muito, muito leve. E lembro bastante do dia em que fui para a maternidade, pois tinha feito uma linda salada de frutas e um bolo delicioso de chocolate, que nem lembro de onde arranjei a receita, mas havia me empanturrado. Aos poucos, depois do nascimento do Ian, não era só uma mãe que tinha nascido junto. Uma outra Patrycia havia aproveitado e tinha vindo resgatar uma paixão antiga e adormecida. Foi com o Ian e depois com o Mateus, que recomecei a cozinhar.
E hoje, tantos anos e tantos bolinhos depois, entrei na cozinha com vontade de comer um bolo de chocolate. Perfumado, saboroso, sem tanto açúcar. Resolvi arriscar e não pesquisei receita nenhuma, só segui a intuição. O resultado não podia ter me agradado mais. Puro, com um belo café, ficou na mesa da sala exalando o cheiro delicioso de um bom chocolate.Com uma bela calda e um pouco de doce de cupuaçu virou uma sobremesa deliciosa, de lamber o prato. Aproveite e se desejar adoçar um pouco mais a calda, fique à vontade, afinal, o gosto é seu!
Meu primeiro bolinho de chocolate autoral
Ingredientes
Para o bolo (forma pequena)
100 g de manteiga sem sal
1 xícara de açúcar mascavo escuro sem grumos (se necessário, passe em peneira ou bata no liquidificador)
1 pitada de sal
02 ovos em temperatura ambiente
150 g de chocolate meio amargo a 60%, derretido
3/4 xícara de leite com o suco de 1 limão pequeno
1/4 fava de baunilha (opcional) - não achei que sobressaiu na massa
01 xícara de farinha de trigo peneirada
1/4 xícara de amido de milho
Nibs de cacau (opcional)
1/2 colher de sopa de fermento químico
Para a calda (opcional)
100 g de chocolate meio amargo a 60%
01 espresso de média intensidade longo (aproximadamente 110 ml). Na falta, use a mesma quantidade de um café forte
01 colher de chá de manteiga sem sal ou ghee
01 colher de chá de açúcar refinado
01 pitada minúscula de sal
1/4 de xícara de creme de leite (usei de caixinha)
Para o doce de cupuaçu
2 1/4 xícaras de polpa fresca de cupuaçu cortado na tesoura batido no liquidificador sem água (na falta, use a polpa, adaptando)
2 1/4 xícaras de açúcar refinado
1/4 xícara de licor de laranja Cointreau
(pode ser necessário colocar mais açúcar, a depender da acidez da polpa)
Fava de cumaru ralada na hora, para finalizar (na falta, se quiser, pode usar um tico de noz moscada)
Modo de fazer
Para o bolo
Unte e enfarinhe uma forma de bolo pequena, de buraco no meio. Ligue o forno a 180 graus. Separe todos os ingredientes e leve o chocolate para derreter em banho-maria ou no microondas. Na batedeira, coloque a manteiga e o açúcar e bata bem. Acrescente a pitada de sal e os ovos, um de cada vez. Acrescente o chocolate derretido e misture bem. Junte o amido com a farinha e acrescente à massa apenas a metade. Dê uma leve mexida e coloque metade do leite misturado com o suco de limão. Se usar a baunilha, acrescente. Junte a outra metade de farinha e amido e o restante do leite com o limão e misture apenas para homogeneizar. Acrescente os nibs de cacau, se usar e o fermento, misture levemente e coloque na forma preparada. Leve para assar até que enfiando um palito saia seco, mas não deixe secar demais no forno.
Para o doce de cupuaçu e cointreau (que pode durar bastante na geladeira, caso não use todo)
Numa panela de fundo grosso, misture o cupuaçu e o açúcar. Mexa sempre para que não queime, ele deve ficar ainda claro. Acrescente o cointreau e mexa até dar o ponto. Não deixe escurecer e ajuste o açúcar, se necessário. Reserve.
Para a calda de chocolate (opcional)
Numa tigela quebre a barra de chocolate em pedaços pequenos. Acrescente a manteiga e o café espresso quente (ou o equivalente, bem forte) e mexa até derreter. Leve ao banho-maria e junte a pitada de sal, o açúcar e o creme de leite. Misture bem até homogeneizar e cubra com filme plástico encostando para não criar película. Se desejar, pode servir quente por cima do bolo.
Para a montagem
Em um prato, passe um pincel na calda e decore o prato. Por cima, coloque a fatia de bolo, uma colher bem cheia do doce e um pouco da calda numa tigelinha ou pequena xícara. Rale um pouco do cumaru ou noz moscada e sirva.
domingo, 24 de setembro de 2017
DE VOLTA AO GAME!
O bolo de arroz, aqui em versão goiana, com batata e creme de arroz. O cuiabano leva macaxeira, coco e arroz socado e peneirado |
Eu, Johnny, Dannya, Alzira e Chirley. E nossas luxuosas ajudantes Sara (sobrinha da Alzira que nos acompanha sempre) e Clarinha (filha da Dannya) |
O público lotou nossa mesa... |
Sei cozinhar. Caseiramente falando, me viro. Não sei cortar um frango, nem desossar um cordeiro, mas ninguém morre de fome. Leio muito, muito, assisto tudo o que posso e provo e experimento o que dá. Também me aventuro bastante na cozinha mas nunca fiz curso de nada. E não sei bulhufas da cozinha profissional, nem mesmo ligar aqueles fogões-espaçonave que comumente fazem parte do cenário profissional. E não poderia agora pensar em curso superior de gastronomia à distância, que é por enquanto a opção que temos por aqui. Preciso do calor humano, do contato, das risadas solidárias na cozinha, do aprendizado coletivo.
E pensei: se minha amiga, que tem dois filhos pequenos, se animou a fazer, eu também posso! No caso da minha amiga, a mais velha até nos ajudou na nossa primeira oficina, o que mostra o acerto da decisão dela. E quanto a mim...nem imaginava que ia me divertir tanto! Meu filho mais velho sempre me diz que quando trabalhamos fazendo o que gostamos, não tem trabalho, tem divertimento. É verdade! Hoje em dia, trabalho em atividades ligadas à gastronomia, pois em breve teremos aqui no Estado a primeira Escola de Gastronomia e Hospitalidade, um sonho liderado pela Primeira Dama e arquiteta Marlúcia Cândida.
Muitas vezes, ao conversar com um chef, observar a feitura de um prato ou planejar uma atividade ligada à área, me dou conta de que o prazer é imenso, apesar do cansaço, dos eventuais desgastes, da correria...e aí, quando resolvi entrar no curso do Senac, que é o primeiro nessa linha, não sabia bem o que me esperava. O que sabia, tinha certeza, é que seria um momento só meu, de investir no que amo fazer, de reencontro comigo mesma. Cozinha é afeto, é aconchego. Sem isso, para mim não tem sentido.
Não deu outra: estou adorando tudo! Voltar a estudar, fazer trabalhos, cozinhar e conhecer pessoas, interagir, descobrir coisas novas. Minha turma é bastante eclética. Tem estudantes e donas de casa, funcionários públicos e cozinheiros, músico e fisioterapeuta , enfim, é uma festa! Aprendemos em um processo rico de troca de experiências, informações e muita risada!
E outro dia, nossa tarefa era apresentar um pouco da cozinha brasileira. Ao nosso grupo coube a cozinha pantaneira, tão rica, cheia de influências do Paraguai e da Bolívia (como a sopa paraguaia e a chipa - do Paraguai, e saltenhas e arroz boliviano da Bolívia), que vieram se somar à comida original dos índios, à influência portuguesa, a do sul do país, enfim, um verdadeiro caldeirão.
O tempo era minúsculo e numa verdadeira maratona escolhemos servir o bori bori (bolinhos de fubá com queijo, cozidos no caldo de um frango que acompanha o prato, na mesma panela e complementados com arroz, um prato guarani) e furrundu (mamão verde ralado e cozido com rapadura). A sopa paraguaia não houve tempo para fazer, então a preparei dois dias depois, para um lanche coletivo.
A maior recompensa? A primeira, provar pra nós mesmos que se quisermos fazer, podemos fazer. Parece simples, mas não é. É desafio, mas é plenamente possível. E depois, ouvir uma colega da sala, matogrossense, emocionar-se ao falar do furrundu que experimentou na nossa mesa e lembrar da mãe...isso sim, não tem preço!
E hoje, experimentei uma receita de bolo de arroz onde, diferentemente da versão cuiabana (que leva arroz deixado de molho, socado e peneirado e macaxeira), usei batata e creme de arroz. Deixado para fermentar de um dia para o outro (deixei na geladeira pois nosso calor é insano), rendeu bolinhos fofos e convidativos.
Reproduzo aqui esta receita, para que você a faça para o café da manhã dos seus queridos, com a promessa de testar a versão cuiabana assim que possível.
Bolo de arroz levemente adaptado
(As quantidades abaixo correspondem à meia receita)
Ingredientes
500 g de açúcar (na próxima, recomendo um pouco menos. Meu marido adorou, mas achei que ficou bem docinho. Nada que um café forte e sem açúcar não resolva).
1 xícara de água
1 xícara de manteiga (usei 200 g)
4 ovos batidos ligeiramente com garfo
1 colher de sopa de fermento em pó
1/2 xícara de batata cozida e amassada
erva-doce e canela a gosto (usei 1/4 de colher de chá de erva-doce e pitadas de canela)
1 pitada de sal (não consta na receita original)
Modo de Fazer
É preciso começar na véspera. Numa panela, coloque água e açúcar (de novo, reduzirei um pouco o açúcar na próxima vez que o fizer, mas é a única ressalva), mexa bem e leve ao fogo. Deixe ferver uns cinco minutos e aguarde esfriar. Deve formar uma calda e se for preciso, com uma colher, faça movimentos para a frente e para trás, mexendo em linha reta para ajudar a dissolver o açúcar. Numa tigela, coloque o creme de arroz. Derreta a manteiga (pode ser no microondas) e jogue-a quente no creme de arroz, mexendo bem. Acrescente os demais ingredientes e por último misture a calda de açúcar. Mexa até ficar bem homogêneo. Cubra, deixe crescer até o dia seguinte. (Como aqui é muito quente, optei por levar à geladeira depois de 1h e deixar até o outro dia.Tirei da geladeira 1h antes de assar). No dia seguinte, coloque a massa em forminhas de empada ou similares, bem untadas e polvilhadas de farinha. Leve ao forno quente até assar. Deliciosos com um cafezinho!
O bori bori...uma panela imensa foi consumida com a maior rapidez. Nessa foto não tem muito molho, mas ele foi servido com o molhinho! E olha o tamaninho das porções! |
Sopa paraguaia
(diferentemente do que o nome pode indicar, é um bolo salgado, delicioso, de origem paraguaia e muito comum no Pantanal, bom para servir em lanche. A foto que salvei está muito ruim e por isso não a reproduzo aqui, mas vale muito a pena fazer.)
Ingredientes
2 cebolas grandes picadinhas
1 colher de sopa de manteiga com sal
1 xícara de água
4 espigas de milho verde (usei 4 potes de milho em conserva, doce, totalizando 1,2 kg)
1 xícara de leite
3 ovos separados
1 xícara de queijo fresco ralado grosso ou cortado em cubinhos (usei queijo minas frescal e um pouco de queijo da região)
6 colheres de sopa de fubá
1 colher de sopa de fermento em pó
Sal a gosto
Modo de fazer
Numa frigideira, coloque a manteiga e a cebola. Deixe fritar sem queimar, mexendo sempre. Acrescente a água e deixe ferver. Desligue o fogo e reserve. No liquidificador, coloque os grãos de milho frescos ou os da conserva (sem a água), junte o leite e bata bem. Acrescente a cebola com o caldo do cozimento, as gemas e o queijo e bata bem. Despeje numa vasilha, acrescente o fubá, misture e junte o fermento em pó. Acrescente as claras batidas em neve com cuidado, para que não percam volume. Coloque em assadeira untada e polvilhada e leve ao forno quente até dourar. Corte em quadrados ou losangos e sirva. (Os colegas da turma deixaram a assadeira limpinha!)
****************************************************************************************
Fonte:
Revista Cláudia Cozinha Especial, editora Abril, 641 n. 410A
Bolo de arroz: Receita do livro Antiga e Moderna Culinária Goiana, de Divina Maria de Oliveira Pelles (coletada pela revista Cláudia Cozinha)
Sopa paraguaia: Receita de dona Francisca da Costa Barros, a dona Quinha, de Campo Grande,MS (coletada pela revista Cláudia Cozinha)
Bori bori ou vori vori: para saber mais acesse a maravilhosa aula dada pelo chef Paulo Machado, um amigo do Acre (e que pela pressa, só assisti depois de apresentarmos o prato!! E ele fala da nossa farinha de Cruzeiro do Sul, um luxo!)
- https://tvuol.uol.com.br/video/frango-boribori-04024C1B3170E4B15326
domingo, 21 de maio de 2017
CUPUAÇU, AMOR TOTAL
O rolinho depois de pronto e cortado, para dar uma graça |
O rolinho inteiro, antes de ser cortado e servido |
Durante os anos em que morei no Ceará, era bem difícil consumir uma das frutas que mais adoro, o cupuaçu. Aquela polpa cortadinha com tesoura, fresca, para encher jarras e mais jarras de suco cremoso e forte, só mesmo quando alguém da família ou algum amigo levava de contrabando, bem congelada. Aí era uma festa! O doce eu fazia pouco, porque a saudade do suco era tão grande que não sobrava fruta para outros preparos, nem mesmo para o creme, outra estrela. Na casa de meus pais existe até hoje um pé de cupuaçu maravilhoso, que não fica no nosso quintal e sim no da vizinha, dona Julieta.
Mas, desde que éramos crianças, ficou acertado que as frutas que caíssem para nosso lado nos pertencia de direito, sem arengas. E por este motivo tivemos a vida inteira os mais lindos cupuaçus, que além do sabor intenso, é tinhoso como poucos: precisa cair quando maduro, não adianta derrubar de vez, pois ele não amadurece. Pelo menos até hoje nunca ouvi falar em tirar cupuaçu antes da hora. Uma vez no chão, não se pode passar muito tempo para tratar a polpa, pois ela estraga. Com esses cuidados e tratado logo que cai, o perfume do cupuaçu é embriagador e na minha opinião, muito pouca coisa se compara ao seu sabor maravilhoso, que se presta para inúmeras preparações.
Para o suco de antigamente, na era pré-liquidificador, os caroços e polpa eram amassados com bastante açúcar e depois, juntava-se água gelada. O divertimento era chupar os caroços na boca, com bastante cuidado para não passar direto pela garganta, principalmente quem já não tinha mais amígdalas para segurá-los. Pedacinhos de polpa meio azeda se misturavam na boca e o sabor era incrível. No doce, a mesma coisa. Até hoje, embora em muito menor proporção, há quem prefira o suco e o doce com caroço, puro saudosismo.
Do caroço do cupuaçu também se pode fazer chocolate, o cupulate. Desenvolvido por pesquisadores da Embrapa na década de 80, o chocolate obtido a partir das sementes do cupuaçu é mais saudável e foi alvo de uma grande polêmica, quando uma empresa do Japão chamada Asahi Foods patenteou o nome da fruta, bem como o chocolate obtido a partir de suas sementes, num caso gravíssimo de biopirataria, fato este descoberto pela Ong acreana Amazonlink. Felizmente neste caso e com as intervenções devidas e a polêmica gerada, o Escritório de Patentes do Japão derrubou o registro da empresa japonesa (veja mais em alguns links logo abaixo).
Polêmicas à parte, uma das coisas que mais gosto de fazer é passear por feiras, mercados e supermercados. O que para alguns é uma perca de tempo completa, para mim é motivo de puro divertimento, principalmente quando vou às feiras e mercados. Encontrar amigos e feirantes já conhecidos, trocar receitas, saber sobre um novo uso para algum produto, tudo isso me deixa fascinada. No supermercado, encontrar alguma coisa diferente me deixa de ótimo humor. E, em uma dessas visitas, me deparei com massa filo congelada.
Para quem não conhece, é uma massa finíssima, com quase nada de gordura e seu manuseio deve ser feito com o maior cuidado, pois quebra com muita facilidade. Para utilizar, deve-se pincelar manteiga derretida (ou azeite, se desejar) entre as folhas, depois rechear, enrolar ou não (a depender da receita) e assar. É muito utilizada em doces árabes, mas também pode ser usada nos salgados.
É trabalhosa para fazer em casa por ser muito delicada. Por isso nem titubeei e comprei dois pacotes, imaginando o que fazer com eles. E resolvi experimentar com um doce de cupuaçu caseiro ao qual juntei lascas de castanha e no recheio, acrescentei pedaços de queijo Minas. Enfeitei com sementinhas de papoula (opcionais) os rolinhos, assei e depois polvilhei com açúcar de confeiteiro. Se ficou bom? Experimenta pra ver!
Rolinhos de massa filo (Phyllo) com doce de cupuaçu, castanha e queijo Minas
Ingredientes
Para o doce (que deve ser preparado antes, pois precisa esfriar antes de ser utilizado)
1/2 xícara bem cheia de polpa de cupuaçu fresca (cortada na tesoura)
Aproximadamente 1 xícara de açúcar refinado (iniciei com 1/2 xícara, mas foi necessário ir acrescentando mais)
1/4 de xícara de água, colocada aos poucos, de acordo com a necessidade, para não deixar queimar o doce
5 a 6 castanhas cruas (mas não frescas), cortadas em pedacinhos
01 pitada de sal
Para o recheio
Doce de cupuaçu e castanha, já frio
lâminas de queijo Minas (opcional e a gosto)
Para a massa filo
01 pacote de massa filo congelada, manuseada de acordo com as instruções do fabricante
1/2 xícara de manteiga derretida ou um pouco mais, se precisar
Sementes de papoula (opcional), para enfeitar. Na falta use chia, se quiser
Açúcar de confeiteiro, para polvilhar (não use impalpável)
Modo de fazer
Para o doce
Bata a polpa de cupuaçu e metade do açúcar no liquidificador, para que fique bem homogêneo. Numa panela, coloque a polpa batida, a pitada de sal, a castanha e vá acrescentando aos poucos o restante do açúcar e a água, até que o doce vá pegando cor. Ajuste, se necessário, ao seu paladar. Tenha cuidado para não queimar, é preciso estar atento e mexer sempre. Quando ficar dourado, desligue o fogo e coloque em um prato para esfriar. O ponto deve ser pastoso, não deve ficar muito consistente.
Para montar os rolinhos
Descongele a massa na geladeira, de acordo com as instruções do fabricante. Com muito cuidado, desenrole em uma superfície plana e tenha ao lado a manteiga derretida e um pincel. Corte uma folha de massa, passe bastante manteiga derretida e cubra com outra folha de massa. Passe manteiga novamente e arrume o recheio (o doce com alguns pedaços de queijo), como se estivesse fazendo um charutinho. Enrole formando um rolinho e dobre as duas extremidades para cima, para fechar. Passe um pouco de manteiga derretida em cima e salpique sementes de papoula ou chia, se desejar. Leve ao forno pré-aquecido (moderado) e deixe até dourar. Não é necessário untar a forma. tenha cuidado no manuseio, para que o recheio fique bem vedado e não vaze. Solte com cuidado os rolinhos da forma ao retirar do forno, espere esfriar um pouco e arrume no prato de servir. Quando esfriar, polvilhe açúcar de confeiteiro e sirva. Maravilhoso!
************************************************
Saiba mais:
http://caraterfeminino.blogspot.com.br/2011/11/cupulate-chocolate-de-cupuacu.html
http://imirante.com/mobile/mundo/noticias/2004/03/02/japao-derruba-registro-de-patente-da-marca-cupuacu.shtml
http://www.almanaqueculinario.com.br/noticia/cupuacu-sera-que-e-nosso-96
http://www.amazonlink.org/
domingo, 14 de maio de 2017
DIA DE AFETOS E SAUDADES
Caldinho bem cremoso de feijão branco e cupuaçu, servido com conserva agridoce de pimenta de cheiro e pão caseiro com levain (fermentação natural) |
O creme de feijão branco e cupuaçu... |
A conserva agridoce de pimentinha de cheiro aqui do meu quintal... |
Uma pequena entrada: pão com levain, creme de feijão branco e cupuaçu, conserva agridoce de pimenta de cheiro, parmesão ralado na hora |
O pão... |
O feijão... |
CREME DE FEIJÃO BRANCO COM CUPUAÇU, CONSERVA AGRIDOCE DE PIMENTA DE CHEIRO, SERVIDO COM PÃO FEITO COM FERMENTAÇÃO NATURAL (LEVAIN)
Ingredientes
Para o pão
Uso a receita de levain do livro Pão Nosso, do Luiz Américo Camargo, bem como suas receitas de pão.
Também uso a receita do pão de campagne do livro Mari Hirata Sensei, por Haydèe Belda, nesta receita.
Obs.: As adaptações com chia, pinoles, sementes de girassol e tâmara são minhas, bem como a substituição da farinha de centeio original por farinha de espelta. Optei por não incluir aqui a receita, pois é um processo demorado. Recomendo a leitura desses e de outros livros que falam de fermentação natural ou na falta, compre um pão italiano e o corte em fatias grossas.
A técnica para assar o pão vem desde vídeos disponíveis na internet, dos vídeos e dicas disponíveis no Pão Rústico (grupo no facebook do qual faço parte), leituras de blogs como o da Neide Rigo, querida amiga e livros diversos, sempre um aprendizado.
Fazer pão é um prazer e uma terapia. Utilizar o levain é prazer em dobro e uma verdadeira paixão.
Para o creme de feijão e cupuaçu
1/2 xícara de feijão branco (ou de praia) cozido em água e sal
01 polpa de 100 ml de cupuaçu
1/4 xícara de água
03 colheres de sopa de azeite
01 colher de chá da conserva de pimenta preparada (só o caldo)
03 colheres de sopa do caldo da conserva, preparado sem a pimenta
Sal a gosto
Queijo parmesão ralado na hora, a gosto
Pimentinhas em conserva, para enfeitar, a gosto
Para a conserva agridoce de pimentas de cheiro amarelas (aqui são chamadas assim, embora sejam ardosas)
01 xícara de pimenta de cheiro amarela, ardosa, com cabos e sementes, cruas
1/4 xícara de açúcar
1/4 xícara de vinagre de maçã
01 xícara de água
01 pitada de sal
1/8 de xícara de vinagre de maçã após o cozimento (ou metade da medida de 1/4 de xícara)
Caldo para conserva
1/2 xícara de água
1/8 xícara de açúcar (ou metade da medida de 1/4 xícara)
1/8 xícara de vinagre de maçã (ou metade da medida de 1/4 xícara)
01 pitada de sal
Modo de fazer
Para o creme de feijão e cupuaçu
No liquidificador junte o feijão cozido, a polpa de cupuaçu, a água, o azeite, o caldo de conserva de pimenta e o caldo de conserva sem a pimenta (que você vai fazer em separado. Retire as três colheres necessárias e o restante pode ser juntado à conserva de pimenta). Processe até ficar bem homogêneo. Retire do liquidificador, ajuste o sal se desejar e leve ao fogo apenas até levantar fervura. Reserve. Na hora de servir, esquente ligeiramente o pão e o creme, coloque a gosto nas fatias de pão, por cima o queijo parmesão ralado na hora e um pouquinho da conserva de pimenta, caldo e pimentas para enfeitar, se desejar. Sirva logo para que não encharque o pão.
Obs.: se desejar, sirva em copinhos, com o pão ao lado. Esta receita é pequena, rende uns três copinhos no máximo, então se quiser mais basta aumentar proporcionalmente os ingredientes. A conserva agridoce reduz a acidez do cupuaçu mas caso não queira colocar em cima, acrescente pitadas de açúcar ao creme, provando de acordo com seu paladar.
Para a conserva agridoce de pimentas
Coloque todos os ingredientes (menos a última medida de vinagre de maçã) para ferver em uma panelinha pequena, até que as pimentas cozinhem e a calda reduza um pouco. Desligue o fogo e acrescente 1/8 de xícara de vinagre de maçã. Despeje em pote com tampa ou garrafinha com tampa e use como desejar.
Para o caldo da conserva
Numa panelinha, ferva todos os ingredientes até reduzir um pouco. Retire as três colheres de sopa para o creme de feijão e o restante junte à conserva de pimentas, caso deseje.
Bom apetite!!
*********************************************************************
Para saber mais:
Mari Hirata Sensei, por Haydèe Belda - http://www.saraiva.com.br/mari-hirata-9416749.html?sku=9416749&force_redirect=1&pac_id=123134&gclid=Cj0KEQjwgODIBRCEqfv60eq65ogBEiQA0ZC5-Y-dpPaXkP6e9UsbhkYBkVhLHCb9xGAwm2vqg0ySPXkaAtY88P8HAQ
Pão Nosso - Luiz Américo Camargo - https://www.amazon.com.br/Nosso-Receitas-Caseiras-Fermento-Natural/dp/8539611090/ref=sr_1_1/137-6678894-9840329?ie=UTF8&qid=1494800737&sr=8-1&keywords=pao+nosso
Grupo Pão Rústico - administrador Miguel Wg - https://www.facebook.com/search/top/?q=pao%20rustico
Neide Rigo - blog Come-se - www.come-se.blogspot.com
segunda-feira, 1 de maio de 2017
MOMENTO MÁGICO
Cupuaçu curd com compota de tangerina e tomilho, sabores fortes e deliciosos |
Parecia ser uma manhã como outra qualquer. Mas o exame
detalhado da meteorologia antecipava emoções que nós, com o coração aos pulos,
ainda não acreditávamos muito. O ano passou rápido e entre todos os
preparativos de bagagens, vistos, roteiro mínimo para não perder tempo, lugares
bacanas a visitar, eis que estávamos passando uma curta temporada em Nova York, hospedados bem próximos à muvuca típica da Times Square.
Chegamos na cidade em uma manhã friorenta, com muito vento. Malas no
hotel e algum stress, como deve ser de praxe, saímos eu, meus dois filhos e
marido para um pequeno passeio. Era a minha primeira vez e a dos meninos na
cidade que quase nunca dorme e meio que nos sentindo em alguma produção americana,
começamos a reconhecer lugares, neons, estilos de vida. Só voltamos ao hotel já muito mais tarde, início de noite, fascinados com aquele movimento.
O Homem-Aranha, de verdade, só poderia ter nascido aqui.
Suas enormes teias pareciam nos acompanhar de perto ao caminharmos por entre
aqueles prédios muito altos. Na famosa Times Square, os luminosos eram tão intensos
que em alguns momentos tive dúvidas se de fato era noite ao nosso redor.
Moramos no Acre, em pleno e úmido calor de quase 40 graus, sem ventos. Meu
filho mais novo nos acompanha na quentura de Sobral, Ceará. O único mais
confortável era o filho mais velho, que vive no litoral e portanto, tem uma
brisa a mais no seu dia a dia.
Parecíamos pacotinhos cheios de roupas por todos os lados,
que começavam nas calças e camisas térmicas e pediam ainda algumas blusas e
casacos, gorros, luvas e cachecóis. Mas, apenas frio, muito frio, com um vento
de arrepiar e um pouco de chuva. Nossas áreas de interesse já estavam traçadas,
sem muita preocupação: Museus, Central Park, toda a gastronomia possível, Strawberry Fields (homenagem ao Lennon, próximo ao prédio onde ele morava, na frente do
Central Park), cinco minutos de Wall Street, um pouco de Brooklyn...
Outlets e afins, até mesmo os shows da Broadway, ficarão
para uma segunda vez. E no Brooklyn, conseguimos chegar quase de noite, para
olhar apressadamente Manhattan e suas luzes deslumbrantes pelo outro lado do rio Hudson. Não deu tempo de conhecer sua ponte mais famosa, vista apenas de longe, mas foi possível tomar sorvete de baunilha e morango na Brooklyn Ice Cream Factory, deliciosos mesmo em um frio de rachar.
É claro, tínhamos que ir ao Hard Rock Café. Dois filhos e um
marido roqueiro não podiam fazer menos e de forma solidária, me emocionei junto
com eles ao ver guitarras e outros objetos dos Beatles e alguns dos ícones mais
representativos do rock mundial. Mesmo que não seja a sua praia, não deixe de
ir, é um mergulho na história, pois os objetos são originais.
Já havíamos caminhado muito pelas principais Avenidas que fazem
a fama da cidade. Estivemos no Columbus Circle, uma das rotatórias mais famosas de Nova York e é claro, visitamos o Whole Foods, apesar de lotado. Fomos ao Eataly (que já tem filial no Brasil, em São Paulo) com seus vinhos, azeites, pães e delícias italianas, tudo maravilhoso.
Visitamos a loja de instrumentos musicais mais sortida e antiga da cidade, para deleite dos filhos, que usaram suas economias para comprar instrumentos, fomos ao Chelsea Market, um super espaço para gourmet nenhum botar defeito, com suas lojas, confeitarias, padaria, lanchonete e um misto de rotisserie e casa de sanduíches cujos produtos vem de fazendeiros próximos e sustentáveis, Rockfeller Center, Saint Patrick’s Cathedral...
Devo confessar um pecado: não sou fã de nada muito doce (abro uma exceção para doce de leite escuro e uma colher de quindim), mas ao me deparar casualmente com a filial da Magnólia Bakery não pude deixar de entrar, é claro. A loja é muito acolhedora e dá para assistir à finalização dos cupcakes ali mesmo, bem como comprar produtos de confeitaria, se quiser. As cores são lindas, em tons pastel, fiquei encantada. Pedi um Banana's Pudding, muito curiosa, pois já conhecia a fama. Mas, sinto muito, só aguentei a primeira garfada. Dá para sentir a qualidade do produto mas é tão doce que não fui em frente. Meus formigas familiares se revezaram e concluíram o serviço. Ainda fiz uma segunda tentativa com um bolo amanteigado com blueberry's, cuja massa estava ótima, mas de novo a quantidade de açúcar não me deixou seguir em frente.
Visitamos a loja de instrumentos musicais mais sortida e antiga da cidade, para deleite dos filhos, que usaram suas economias para comprar instrumentos, fomos ao Chelsea Market, um super espaço para gourmet nenhum botar defeito, com suas lojas, confeitarias, padaria, lanchonete e um misto de rotisserie e casa de sanduíches cujos produtos vem de fazendeiros próximos e sustentáveis, Rockfeller Center, Saint Patrick’s Cathedral...
Devo confessar um pecado: não sou fã de nada muito doce (abro uma exceção para doce de leite escuro e uma colher de quindim), mas ao me deparar casualmente com a filial da Magnólia Bakery não pude deixar de entrar, é claro. A loja é muito acolhedora e dá para assistir à finalização dos cupcakes ali mesmo, bem como comprar produtos de confeitaria, se quiser. As cores são lindas, em tons pastel, fiquei encantada. Pedi um Banana's Pudding, muito curiosa, pois já conhecia a fama. Mas, sinto muito, só aguentei a primeira garfada. Dá para sentir a qualidade do produto mas é tão doce que não fui em frente. Meus formigas familiares se revezaram e concluíram o serviço. Ainda fiz uma segunda tentativa com um bolo amanteigado com blueberry's, cuja massa estava ótima, mas de novo a quantidade de açúcar não me deixou seguir em frente.
Nos encantamos com o Museu de História Natural. Ver aqueles
enormes dinossauros nos remontou imediatamente ao filme Uma Noite No
Museu e quase dava para ver o saudoso
Robin Williams montado no seu cavalo. Meus filhos ficaram tão impactados que só
saíram após o Museu fechar, dispostos a ver tudo que podiam. Nós, os mais
experientes, havíamos voltado para o hotel um pouco antes, sonhando em colocar
as pernas para cima.
Todas as manhãs descíamos para tomar café perto do hotel. Os
bagels, pãezinhos onipresentes nos cafés de Nova York, eram o prato preferido
do mais novo, junto com um enorme copo de café. Sim, porque acho que ninguém em
Nova York sabe o que são dois dedos de café. Ainda que fraco, as quantidades são
absurdas. Então, entre as inúmeras cafeterias e lanchonetes disponíveis, íamos
de Pret a Manger, uma rede inglesa que prima pelos orgânicos, iogurtes, saladas
e sucos, bem como sanduíches deliciosos. Um copão de café amargo e um belo croissant,
seguidos de um iogurte ou mingau de aveia com mel eram quase sempre minhas
opções.
E foi lá, numa manhã que começou muito fria, ao olhar
casualmente para a enorme janela de vidro, que reconheci a competência americana
para a previsão do tempo: o anúncio era de que exatamente naquele dia,
penúltimo de nossa estadia, havia uma grande possibilidade de cair neve. Quase
não acreditei ao ver tímidos flocos descendo num frenesi pela rua. Saímos todos
apressados e deliciados. Mas era muito pouca neve para comemorar e resolvemos
cumprir a agenda: visitar o Metropolitan Museum, dentro do Central Park.
Entramos e começamos a passear por toda aquela imensidão de
salas e objetos mais do que especiais, quando deixei-os um pouco e fui para uma
sala envidraçada, de frente para o parque. Não acreditei quando vi aqueles flocos
de neve cobrindo tudo como um tapete branco e fugaz. Nem tivemos dúvida.
Interrompemos um pouco a visita ao Museu e corremos para lá, igual
crianças com um brinquedo novo. Não tem como não se emocionar com a neve. Ela é
lúdica, é linda e nos deu o melhor presente de final de férias. Passar esses momentos
com minha família foi muito, muito especial.
Então, para relembrar momentos felizes, nada como cozinhar.
Crie novos momentos com sua família com esse peixe muito simples e saboroso e
com uma espécie de curd (um creme que leva gemas de ovo, uma fruta cítrica, açúcar e um pouco de manteiga) feito com cupuaçu e
uma compota de tangerina para a sobremesa. Bom apetite!
Obs: é claro que seriam precisos mais alguns posts e várias visitas a Nova York para conseguir conhecer um pouco mais, mas é absolutamente imperdível. E apesar da caixinha (gorjeta) onipresente, em nenhum lugar deixamos de receber trocos de centavos, o nos chamou muito a atenção.
Obs: é claro que seriam precisos mais alguns posts e várias visitas a Nova York para conseguir conhecer um pouco mais, mas é absolutamente imperdível. E apesar da caixinha (gorjeta) onipresente, em nenhum lugar deixamos de receber trocos de centavos, o nos chamou muito a atenção.
O peixe com a farofa e a banana crua, além dos temperos. Um pouco de azeite e basta fechar com cuidado o pacote, deixando espaço para que ele cozinhe. Delícia! |
O pacote fechado deve ficar assim. Vai ao forno numa assadeira e depois pode ser aberto direto no prato de servir, se desejar |
Surubim no cartoccio
(para 06 porções)
Ingredientes
Para a farofa crua
01 xícara de farinha de mandioca crua
01 molho de chicória bem picada (na falta use um pouco de salsa, a gosto)
03 a 04 colheres de sopa de cebolinha picada
02 colheres de sopa de pimentinha verde de cheiro, bem picada
02 colheres de sopa de cebola picada
1/2 colher de sopa de alho picado
01 colher de sopa de manteiga
Sal e pimenta do reino, a gosto
12 pedaços de peixe, cortados como para moqueca, em pedaços mais grossos
01 cebola grande, cortada em rodelas mais grossas
01 banana comprida (ou da terra), crua, sem as sementes, cortada em três partes ao comprido e cada parte cortada em quatro
06 pimentinhas doces (não ardosa, de cheiro) do tipo que você tiver disponível em casa ou no mercado
06 raminhos de coentro
cebolinha picada, a gosto
páprica doce, a gosto
azeite, sal e pimenta do reino moída na hora
Papel alumínio para montar
Modo de fazer
Para a farofa crua
Numa tigela, misture todos os ingredientes, inclusive a manteiga e amasse bem, para que ela se distribua na farinha. Tempere com sal e pimenta e reserve.
Para o peixe
Lave os pedaços de peixe com água e limão e deixe de molho por alguns minutos. Escorra, lave com mais água para tirar o limão (eu prefiro, mas se não quiser, enxugue e reserve).
Com o papel alumínio faça 06 (seis) retângulos grandes e separe os demais ingredientes em tigelinhas, para a montagem. Distribua um dos pedaços de papel numa assadeira, com o lado brilhante para cima. Coloque uma ou duas rodelas de cebola em cima e regue com um pouco de azeite. Acrescente 1/6 da mistura temperada da farinha e por cima, coloque dois pedaços de peixe. Salpique sal (na parte de cima do peixe, a gosto) e pimenta do reino. Coloque dois pedaços da banana comprida crua por cima, uma pitada de páprica doce, um ramos de coentro e cebolinha picada. Ao lado, arrume uma das pimentas, coloque mais um pouquinho de azeite e feche delicadamente, formando um pacote, virando um pedaço do papel por cima do peixe e prendendo as extremidades. Reserve em uma bandeja ou assadeira e deixe na geladeira até a hora de ir para o forno. Esse prato pode ser servido sozinho mas se quiser, pode acompanhar com um pouco de arroz branco.
Cupuaçu curd com compota de tangerina
(para 04 a 05 porções)
Para o cupuaçu curd
obs: não segui uma receita clássica, combinei os ingredientes de acordo com meu paladar, portanto case deseje, pode fazer pequenos ajustes, como acrescentar um pouquinho mais de açúcar, por exemplo.
Ingredientes
02 polpas de cupuaçu de 100 ml cada (se for usar cupuaçu in natura, uma sugestão é bater metade de polpa e metade de água. Pode ser necessário acrescentar um pouco mais de água)
04 gemas de ovo caipira, de preferência, passados em peneira
01 pitada de sal
10 a 12 colheres de sopa rasas de açúcar
1/4 xícara de água
1 colher de café de amido de milho dissolvido em 01 colher de sopa de água (caso deseje um pouquinho mais consistente e só se realmente desejar)
01 colher de chá de manteiga sem sal
Para a compota de tangerina
02 tangerinas maduras e firmes, descascadas e limpas, em bagos (na verdade, o ideal e desejável é utilizar a murkote, sem sementes)
Zestes das cascas das tangerinas (Há um cortador próprio para zestes, tirinhas bem finas da casca, mas se não tiver, corte a casca em tiras, retire bem toda a parte branca e corte o mais fino que puder)
1/2 xícara de água
01 pitada de sal
1/3 xícara de açúcar refinado
03 a 04 ramos de tomilho fresco
Mix de castanhas
03 a 04 castanhas de caju quebradas
02 nozes quebradas
01 castanha do Brasil, quebrada
(você também pode fazer o mix a seu gosto, com outras castanhas)
Modo de fazer
Para o cupuaçu curd
Numa panela de fundo grosso, coloque as polpas de cupuaçu, as gemas de ovo, o sal e o açúcar. Deixe a água e o amido dissolvido a postos, caso queira utilizar. Com um fouet misture bem e leve ao fogo bem baixo, mexendo sempre, até que ferva e engrosse. Prove e se quiser, acrescente até 1/4 da xícara de água. Deixe ferver novamente, sempre misturando e se necessário, coloque o amido dissolvido. Deixe ferver mais um pouco. Ainda quente, acrescente a colher de chá de manteiga e misture bem. Despeje em quatro a cinco tigelinhas de serviço. Acrescente a compota, com cuidado, enfeite com o galho de tomilho e o mix de castanhas. Sirva morno ou frio.
Obs.: Os curds são cremes feitos a base de gemas, açúcar e frutas cítricas, como limão ou laranja. Acompanham bem os scones (tipo de pãezinhos) ingleses mas podem servir também para recheio de tortas ou bolos. Não segui receita padrão e resolvi testar com cupuaçu e gemas. Se desejar menos firme não coloque a água. O amido utilizado é quase nada e também é opcional, se desejar um pouco mais encorpado.
Para a compota de tangerina
Numa panela pequena de fundo grosso, coloque a água, o açúcar, a pitada de sal, as zestes, o tomilho e os bagos de tangerina. Misture levemente e deixe ferver em fogo baixo até que fique cozido e a calda dê uma leve engrossada. Arrume delicadamente em cada tigelinha, por cima do curd e acrescente um pouco da calda e um raminho de tomilho. Disponha um pouco do mix de castanhas e sirva, morno ou frio.
(Obs: se quiser, pode preparar as tigelinhas e deixar na geladeira até a hora de servir. Se os bagos de tangerina contiverem caroços é melhor retirá-los com cuidado, pois podem amargar levemente após o preparo, mas não atrapalham o sabor do doce).
Meu filho mais novo brincando com a bola de neve, à esquerda. Ao lado, o mais velho e ao fundo, um pedacinho do meu marido, curtindo a neve no Central Park, inesquecível! |
No Central Park, mais que felizes. A neve ainda aumentou bastante e valeu cada segundo... |
Para saber mais:
Times Square - https://pt.wikipedia.org/wiki/Times_Square
Central Park - https://pt.wikipedia.org/wiki/Central_Park
Brooklyn Ice Cream Factory - http://www.dicasnewyork.com.br/2015/02/sorveteria-brooklyn-ice-cream-factory-nova-york.html#
Columbus Circle - https://pt.wikipedia.org/wiki/Columbus_Circle
Rockfeller Center - https://pt.wikipedia.org/wiki/Rockefeller_Center
Hard Rock Café - https://pt.wikipedia.org/wiki/Hard_Rock_Cafe
Eataly e Whole foods - http://www.blogvambora.com.br/supermercados-em-nova-york-whole-foods-zabars-eataly-trader-joes/
Saint Patrick's Cathedral - https://saintpatrickscathedral.org/
Magnólia Bakery - www.magnoliabakery.com/https://www.magnoliabakery.com/locations/rockefeller-center/(onde estive)
Pret a Manger - https://www.pret.com/en-us
Strawberry Fields - http://dicasnovayork.com.br/central-park-strawberry-fields/
Fouet - https://www.google.com.br/search?q=fouet&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&sqi=2&ved=0ahUKEwjGuJOh7c7TAhVKFpAKHZu3CQEQsAQIJQ&biw=1280&bih=694
Zestes - tirinhas finas feitas com as cascas dos cítricos que perfumam caldas, bolos e recheios
******************************************************************************************
IN MEMORIAN
Esse post vai dedicado aos meus queridos seu Leão e Antonio Namen, meu tio Said, que agora estão passeando pelas estrelas, como diz meu marido. Que nós possamos seguir em frente e guardar as boas lembranças que temos deles.
Assinar:
Postagens (Atom)