domingo, 9 de fevereiro de 2014

UM NOVO MOMENTO...

Depois de pronto, com um pouco de mel e manteiga...




Estou vivendo um momento muito especial. A chamada maturidade ou os quase cinquenta anos não me tiraram nada da jovialidade nem da alegria de viver, mas os filhos, esses danados com quem a gente passa a vida inteira a cuidar, compartilhar, beijar, abraçar, chorar, brigar, ensinar, aprender e mais uma quantidade imensa de verbos que só refletem uma relação de amor que nem dá para explicar direito, esses danados crescem e como é de praxe, querem cuidar de suas vidinhas, é claro.

Nada mais justo e nada mais apoiado, mas que dá saudade e dificuldade nos primeiros meses, ah, isso dá. Não tem mais menino perto pra reclamar da demora no banho, nem pedir pro outro que vá fazer o supermercado, nem dá mais para entrar no quarto de madrugada e olhá-los dormindo tranquilos e imaginar que há tão pouco tempo eram tão pequeninos e precisavam de você para tudo..."Mãe, viu minha meia? Cadê aquela bermuda? Mãe, faz um cafezinho? Mãe, deixa de grude... "

O que posso fazer agora? Torcer pelo sucesso deles e continuar acompanhando do mesmo jeito...há uns seis mil e poucos quilômetros de distância, mas afinal, para que servem a tecnologia, as novas mídias e as redes sociais? E quando a saudade apertar demais, o avião está bem aí...ou quase, mas dá para encarar de vez em quando.

Já tenho uma linda nora, muito educada e tranquila, no namoro mais do que charmoso com o mais velho. E o mais novo, ah, esse tem umas amigas simpáticas que já chegam em casa entrando direto para o quarto, mas calma, só para estudar, pelo menos por enquanto...ele acaba de concluir uma etapa muito importante de sua vida e se prepara agora para encarar a faculdade de Medicina, sonho mais do que acalentado e conquistado com muito, muito esforço, motivo de orgulho para todos nós, que o conhecemos.

Mas como tudo nessa vida também tem o lado bom, já dá para encontrar os amigos mais vezes, sem me preocupar com o jantar dos rapazes nem com o horário da escola de manhã. Os livros, esses que já faziam parte do meu dia a dia, estão com um tempinho mais livre e quanto às comidas, únicas a sofrer algum abalo pela falta de consumidores fiéis aqui pertinho, já escalei família e amigos para os necessários compartilhamentos. E, depois de três dias adoentada, estou voltando às trincheiras. Devagar, ainda não aguento comer comida de panela, mas ontem consegui fazer uma ciabatta, o pão preferido do meu marido, parceiro de sempre, que me cuidou nesses dias de chá e torradas.

Essa receita é simples, fácil e resolvi substituir uma parte da farinha branca pela integral, o que deu um sabor a mais. Comemos quentinhos, com um pouco de manteiga e mel e foi um excelente jantar para mim. Dá para comer o que sobrar no outro dia, tostando as fatias na sanduicheira com um pouquinho de manteiga. Ficam ótimas com chá ou café! Esta receita é do ótimo padeiro, como ele mesmo se define, Olivier Anquier, apresentador do canal GNT e autor de livros de culinária.


Ciabatta do Olivier Anquier (levemente adaptada)

Ingredientes (para metade da receita original, o que rendeu 09 pães de tamanho médio)

500g de farinha de trigo branca (usei 03 xícaras de farinha branca e 01 de farinha integral + 01 colher de sopa - cada xícara de farinha tem 120g)
400 ml de água morna (01 xícara de líquido vale 240 ml, é só adaptar)
15 g de fermento biológico (usei 01 colher de sopa + 1/4 de colher de sopa)
10 g de sal (salguei a gosto, aproximadamente 02 colheres de chá, mas é bom provar a massa)
50 ml de azeite de oliva de boa qualidade

Modo de fazer

Numa vasilha grande, misture as farinhas, peneiradas, junto com o sal. Dilua o fermento na água morna. Se quiser, pode acrescentar o sal por último, é o mais recomendado. Junte a água com fermento à mistura de farinha e sal, se já o tiver colocado. Mexa bem, pois a massa é bem mole, até ficar mais consistente. Adicione o azeite e sove bem. Esta massa é muito mole, portanto não estranhe, ela não vai formar uma bola. Deixe descansar por aproximadamente 1h, coberta com filme plástico, ou até que a massa dobre de tamanho. Vire a massa, após esse tempo, em uma mesa ou outra superfície polvilhada com farinha. Corte a massa em retângulos, jogue um pouco de farinha por cima e coloque em assadeira previamente untada com azeite, de preferência pegando-a por baixo com uma espátula, pois a massa é bastante mole. Coloque a assadeira em forno pré-aquecido por uns 15 a 20 minutos e leve os pães para assar por aproximadamente 20 minutos ou de acordo com o seu forno. Eles não vão dourar, por isso fique atenta ao forno. Quando ficarem firmes na parte de baixo, estarão prontos, pois eles não crescem muito, ficam meio achatados, daí o seu nome, que em italiano quer dizer "chinelo". Coma-os ainda quentinhos, com uma boa manteiga, mel ou geléia, uma delícia!

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Esta receita foi publicada na revista Faça e Venda n. 72, de jan/2006, na reportagem com Olivier Anquier

Para saber mais:

http://www.olivieranquier.com.br/livros/


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