Placa afixada em loja onde funcionou a farmácia do meu avô, na rua 17 de Novembro
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Estamos aqui no Acre passando por uma das piores enchentes das últimas décadas. A capital, Rio Branco, viu seus bairros serem tomados pela força das águas e algumas cidades do interior, como Brasiléia, serem praticamente destruídas. Nesse cenário de guerra, o pronto atendimento do Governo Estadual e da Prefeitura Municipal, com a ajuda de uma força tarefa nacional (além de um contingente gigantesco de voluntários e funcionários públicos no cuidado aos desabrigados), tem minimizado o sofrimento de milhares de famílias.
Verdadeiras cidades foram montadas em alguns espaços públicos, que contam com infraestrutura para atender desde a alimentação, saúde, segurança, até o lazer, através do cinema, do teatro, da contação de histórias. Grandes e pequenos cuidados que devolvem ao cidadão a certeza da solidariedade e a esperança de retorno às suas casas, que já começaram a ser limpas e higienizadas, juntamente com as ruas.
Da mercearia do vô Raimundo, como já disse em outro post, tenho mais lembranças, pois sempre passava com olhos pedintes e recordo-me também do hotel, onde minha avó preparava umas galinhas de respeito.
Soube recentemente que minha avó paterna, Maria, preparava sua própria massa de macarrão e pastel. Tenho dela uma lembrança deliciosa. Acho que eu devia ter aí uns três ou quatro anos e lembro bem que não alcançava a mesa da cozinha onde estavam sendo feitas balas de cupuaçu para um aniversário. Lembro que ficava na ponta dos pés para alcançá-las. Passei mais de quarenta anos para comer novamente as tais balas, no casamento de um primo. Elas tem uma cobertura branca durinha de açúcar e por dentro, vai doce de cupuaçu, um deleite. Mas, não consegui encontrar a autora das balinhas para pedir a receita.
A caneca de mingau, quentinha: mais comfort food, impossível |
Mingau de castanha
Ingredientes
2 a 2,5 xícaras de leite integral
10 a 15 castanhas do Brasil (ou Pará), cruas
2 a 3 colheres de sopa de açúcar
1 pitada de sal
1,5 colheres de sopa de amido de milho diluídas em um pouquinho de água ou leite
canela a gosto
1 colher de sopa de infusão de vodka com fava de baunilha (opcional) - aprendi aqui: http://pratofundo.com/307/extrato-de-baunilha/
Modo de fazer
Coloque no copo do liquidificador o leite, as castanhas, o açúcar e o sal, batendo muito bem. Leve ao fogo e perto de ferver, acrescente o amido de milho diluído, devagar e mexendo com uma colher, para não empelotar. Por último, coloque a infusão de vodka, se usar. Deixe ferver até engrossar, distribua em canecas e polvilhe canela a gosto.
Bom apetite!
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Esse post é dedicado ao meu tio Airton Rosas, o Velho do Baú, recentemente falecido em Fortaleza - Ceará - com muito carinho de toda a sua família
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Para quaisquer informações sobre ajuda aos desabrigados, bem como números de contas bancárias para contribuição, notícias, fotos, acesse www.ac.gov.br/, no link da agência de notícias.
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