domingo, 24 de maio de 2015

PURA EMOÇÃO

Bicho de pé com os granulados coloridos da Callebaut...



Fui criada em família grande, de muitos primos, praticamente irmãos. Nossas mães são até hoje muito unidas e nos ensinaram a estar sempre juntos, seja na doença, seja na festa. Às vezes passamos tempos sem nos ver uns aos outros, alguns moram em outros estados, mas em momentos de necessidade estamos sempre, sempre grudados. E hoje em dia, já com nossos filhos, enteados, netos, cunhados, maridos e mulheres, a família cresceu tanto que fica difícil reuni-los numa única comemoração.

Falo aqui da família de minha mãe, sem contar os inúmeros primos e tios por parte de pai e a imensidão da família de meu marido, esta sim, tão grande que eles nem se tratam pelo nome, pela dificuldade de lembrá-los todos: é primo pra cá e primo pra lá e assim vai. Minha mãe é a segunda em seis filhas. Uma delas partiu ainda bebezinha e outra veio para a família já grandinha. Mamãe formou-se em Farmácia na cidade de Fortaleza e foi uma das primeiras, se não a primeira farmacêutica aqui do Estado a exercer essa profissão, razão pela qual foi homenageada em Brasília há uns dois ou três anos atrás, juntamente com outros colegas pioneiros Brasil afora.

É uma senhora simpática e mais ativa do que a idade poderia supor. Dirige para todo lado e tem dificuldade para ficar sentada em um canto, simplesmente descansando. Digo para ela que eu mesma não tenho energia suficiente para acompanhá-la e muitas vezes penso que esse material do qual antigamente as pessoas eram moldadas deixou de ser fabricado. Uma pena, pois bem que eu queria ter essa força o tempo inteiro.


Minha tia Myosote e minha mãe (de azul). Ainda faltam as tias Branquinha, Néca e Vera, que residem fora do Estado

Concentrada, apagando a velinha...

Irmãos e alguns dos muitos e queridos primos...

Eu e mamãe, no selfie...


A danadinha trabalhava dois períodos, exercia a profissão junto à algumas drogarias, engoma muito bem até hoje (coisa que eu nunca aprendi) e sempre deu conta de nos levar ao clube, ao médico e ao dentista e estar conosco em todos os momentos necessários de nossas vidas. Meu pai, apesar de ajudar, nunca foi muito fã de nos levar ao cinema ou à piscina, como ela sempre fez. Dentro do seu fusquinha amarelo, até hoje me pergunto como ela conseguia colocar nove filhos e sobrinhos de idades variadas, alguns já grandes inclusive. Diz uma prima que ela o fazia em camadas, mais velhos por baixo, menores em cima.

Quando resolvi ir embora para outro Estado, ela me deu a maior força, embora morresse de saudade e chorasse sempre. Aprendi com ela a dar asas a meus filhos quando quiseram voar por conta própria. Meus pais são para mim exemplo de força, amor e superação e mesmo quando meu pai teve um problema de saúde que limitou sua capacidade física, não se deixaram abater. Mamãe e ele vão ao shopping, à casa dos filhos e só não dão vôos maiores porque estamos de olho, ali pertinho.

Por isso, quando resolvemos comemorar o aniversário dela de nada mais, nada menos que oitenta primaveras, era preciso caprichar, se não na sofisticação da festa, que foi simples, no carinho e nos detalhes para que ela pudesse aproveitar seu dia de princesa. Não sem briga. Ela não queria de jeito nenhum, pois "ficaria contrariada de nos ver gastando dinheiro para isso". Foi preciso negociação e paciência para que ela enfim aceitasse um café da manhã aqui em casa.

Fechamos o cerco e dissemos a ela que faríamos a festa com ou sem a sua presença. Foi a deixa para ela começar a curtir, fazer alguns convites e enfeitar-se. Compramos roupa nova, foi para o salão e até mesmo combinou a cor das unhas com o vestido, sugestão aceita de uma das cunhadas. No dia do café, chuva desde cedo. Ela me ligou muito aperreada:" Minha filha, será que não vai molhar tudo?".Havia até mesmo esquecido da garagem aqui de casa, onde seria a festa, obviamente coberta. Foi uma emoção só.

Não resisti ao choro quando vi entrar em nossa casa vizinhos que me viram quase bebê e que fizeram parte do meu dia a dia, por anos a fio. Senti-me privilegiada por ver tantos primos queridos, sobrinhos e amigos, dividindo conosco esse momento tão especial para meus irmãos e meu pai. Foi um tal de tentar falar e cair no choro, foi minha tia lembrando alvoradas passadas, tudo o que uma boa festa de família sempre tem. Sem nenhuma confusão.

Então, querida mãezinha, que venham outros oitenta e que você continue conosco por muitas e muitas primaveras, nos ensinando e apoiando sempre. Para você, todo o nosso amor. Nossos agradecimentos especiais ao Chalé do Trigo, que providenciou as guloseimas e à Jeane, responsável pelo bolo. Por não resistir, ainda fiz bolo de cenoura e banana, além de ter entrado na madrugada junto com minha cunhada e sobrinhos para enrolar doces que ela, mesmo sem poder comer, adora. Deixo aqui algumas dessa receitinhas, bom proveito!


O lindo bolo, que ela amou!

A mandala de docinhos: beijinhos, brigadeiros com cookies, bichos de pé e casadinhos...

Bichos de pé de framboesa e os beijinhos...


As mãos de muitas histórias, ajudando a enrolar doces... 


Bolo de cenoura
(essa receita é mais simples do que a outra que faço, adaptada do livro Celeiro, de Rosa Lacombe. Veja em http://mesanafloresta.blogspot.com.br/2012/04/gracias-aos-amigos.html)

Ingredientes

01 xícara de chá de óleo de milho ou similar
03 ovos inteiros
03 cenouras médias, descascadas e cortadas em rodelas
02 xícaras de chá de açúcar
02 xícaras de chá de farinha de trigo
1/2 xícara de chá de passas brancas
1/4 de xícara de nozes ou castanhas picadas
02 colheres de sopa de fermento para bolo
01 pitada de sal
01 barra de chocolate meio amargo para a cobertura ou ao leite, se preferir 

Modo de fazer

Unte e enfarinhe uma assadeira média ou uma forma de buraco no meio. Preaqueça o forno em 180 graus. Separe os ingredientes e no liquidificador, despeje o óleo e os ovos. Comece a bater e vá acrescentando os pedaços de cenoura aos poucos, até virar um creme, bem batido. Despeje esse creme em uma tigela e coloque o açúcar, misturando bem. Acrescente a farinha e as passas e castanhas, se usar. Misture apenas até homogeneizar. Coloque o fermento e o sal e apenas misture rapidamente. Despeje essa massa na forma preparada e leve ao forno até assar. Retire após assado, aguarde alguns minutos e desenforme ainda quente, com cuidado para não quebrar. Espalhe por cima o chocolate picado, em toda a superfície do bolo. O calor vai fazer com que ele derreta. Passe uma espátula ou faca, espalhando o chocolate por todo o bolo. Aguarde esfriar completamente para servir.

Beijinho

Ingredientes

01 lata de leite condensado
02 gemas passadas na peneira
02 colheres de sopa de manteiga sem sal
100 g de coco seco ralado sem açúcar (pode ser usado o coco fresco)
01 pitada minúscula de sal
Cravos da Índia quanto baste

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes em uma panela de fundo grosso. Passe manteiga sem sal em um prato ou forma. Leve ao fogo bem baixo até que solte do fundo da panela, mexendo sem parar, de forma contínua, de preferência com uma espátula de silicone ou um fouet. Aguarde esfriar e enrole os docinhos no tamanho de sua preferência, passando-os em açúcar refinado. Coloque-os nas forminhas e espete um cravo da Índia em cada um. Guarde-os em embalagem tampada até a hora de montar a mesa, para que não ressequem.

Bicho de Pé

Ingredientes

01 lata de leite condensado
01 colher de sopa de manteiga sem sal
01 embalagem pequena de pó para gelatina sabor morango ou framboesa
Açúcar de confeiteiro (não impalpável) ou confeitos coloridos para enfeitar 
01 pitada minúscula de sal

Modo de fazer

Misture todos os ingredientes em uma panela de fundo grosso. Passe manteiga sem sal em um prato ou forma. Leve ao fogo bem baixo até que solte do fundo da panela, mexendo sem parar, de forma contínua, de preferência com uma espátula de silicone ou um fouet. Aguarde esfriar e enrole os docinhos no tamanho de sua preferência, passando-os em confeitos coloridos ou açúcar de confeiteiro. Coloque-os nas forminhas e guarde-os em embalagem tampada até a hora de montar a mesa, para que não ressequem.

Boa festa!


terça-feira, 5 de maio de 2015

BOLO PARA O CAFÉ DA TARDE




Perfeito para o café da tarde, com uma colherada de ganache de chocolate...


Se vocês, como eu, vivem numa eterna briga com o tempo, vão entender o que estou falando. Manuais de auto-ajuda (que eu não leio) e planejamentos à parte, a verdade é que para fazer um bolinho eu invento qualquer desculpa. Dou um drible na Ler/Dort e como estou de dieta, me dou ao luxo de comer uma fatia só, abrindo mão de um ou dois lanchinhos, para compensar.

Mas acreditem, não sou de ficar comendo doce direto, longe disso. O que eu gosto mesmo é de colocar um pedaço de bolo no prato, uma bela xícara de café fumegante do lado e me sentir uma verdadeira princesa dos tempos modernos. Ainda que para isso, o horário de almoço tenha literalmente ido para o brejo. Estou tentando me adaptar e transformar essa ansiedade em fazer comida em momentos comemorativos com a família e os amigos. E ainda que essa eterna experimentação em busca do prato perfeito consuma alguns reais a mais, penso que não estou sozinha na empreitada. Claro, nada de excessos.

Por isso, ao fazer o meu bolinho com receita de avó assim que terminei de almoçar, me deparei com algo raro aqui por casa: "Cadê a farinha de trigo que deveria estar aqui?", perguntei a mim mesma e me ouvi respondendo na hora: "O gato não comeu, mas os pães de jerimum sim". Explico. No domingo fiz pães para receber ontem de noite meus pais e irmãos e esqueci que tinha que comprar mais farinha.

Forno ligado, açúcar e manteiga a postos, ovos quebrados aguardando a vez, fui para o improviso. Juntei a farinha branca restante, quinua e farinha integral, nozes e raspas de limão siciliano, um pouquinho do suco e voilá! Bolo delicioso perfumando a casa!

Para não esquecer e de quebra, não me sentir tão culpada, aí vai a receita. Acompanhe com ótimos amigos e um belo chá, café ou chocolate. Sem açúcar, por favor, o mundo já é doce por demais! Bom apetite!

Bolo da vó, improvisado

Ingredientes

Para o bolo

200 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
02 xícaras de chá de açúcar refinado
03 ovos em temperatura ambiente
1 1/2 xícara de chá de leite morno ou em temperatura ambiente
1 3/4 xícara de chá de farinha de trigo branca, peneirada
01 xícara de chá de farinha de trigo integral, fina
1/4 xícara de chá de quinua, em flocos
01 pitada de sal
Nozes picadas a gosto, ou outra de sua preferência, passadas em um pouquinho de farinha
Raspas da casca de um limão siciliano ou Tahity
01 colher de sopa de suco de limão siciliano ou Tahity
01 colher de sopa de fermento químico

Para a cobertura

Suco de um limão siciliano ou Tahity menos a colher de sopa para o bolo (no caso do limão Tahity, pode ser necessário mais uma metade, pois ele é menor)
Açúcar de confeiteiro o quanto baste, para uma calda grossa que servirá para cobrir a parte de cima do bolo
Ganache de chocolate ou similar para cobrir as laterais do bolo ou, se desejar, aumente a cobertura de limão
Splits de chocolate belga para as laterais (opcional. Não temos esses bonitinhos da marca Callebaut aqui, então vale raspas de um bom chocolate)
Sobra da compota de chuchu para enfeitar o centro ou qualquer fruta ou castanha de sua preferência (opcional)

Modo de fazer

Para o bolo

Unte e enfarinhe uma assadeira média. Acenda o forno em temperatura moderada (180 graus). Separe rapidamente todos os ingredientes. Numa tigela grande, coloque a manteiga e o açúcar e bata até virar um creme. Acrescente os ovos, um de cada vez e bata até misturar bem, antes de passar para o próximo. Alterne o leite e as farinhas, além da quinua, mas bata apenas para misturar, rapidamente. Coloque a pitada de sal, o suco e as raspas de limão, as nozes passadas na farinha e misture rapidamente. Agregue o fermento, misture apenas para homogeneizar e coloque na forma preparada. Dê uma rápida batidinha e coloque no forno, na grade mais baixa ou na média. Não abra o forno pelos próximos vinte ou trinta minutos. Após esse tempo, se necessário, vire a assadeira no forno. Deve levar cinquenta minutos a uma hora, mas é preciso estar atento ao seu forno, para que não queime. Enfie um palito no centro e se estiver seco, retire do forno. Passe uma faca em volta, aguarde esfriar um pouco e desenforme. Coloque a cobertura de limão no bolo ainda quente. Espere esfriar e conclua com a cobertura de chocolate, caso utilize. Enfeite com os splits de chocolate ou a gosto.

Para a cobertura de limão

Numa tigela, coloque o suco do limão (menos a colher de sopa que foi no bolo) e vá acrescentando o açúcar de confeiteiro até que vire uma calda grossa. Assim que desenformar o bolo, ainda quente, espalhe por cima. Vai formar uma cobertura quebradiça bem delicada.

domingo, 3 de maio de 2015

TIRANDO LEITE DE PEDRA

A costela pronta para servir, junto com a farofa...


Quem gosta de comida consegue achá-la nos lugares mais improváveis. Bati na trave para fazer a declaração do Imposto de Renda. Todo ano, juro amor eterno à Receita e prometo solenemente entregá-la no primeiro dia em que o sistema se disponibiliza para recebê-la. E todo ano, falho miseravelmente no meu intento.

É um tal de correr atrás de recibos médicos espalhados em dez pastas diferentes, ir ao banco para tirar extratos, consultar conta e informações diversas que estressaria o mais santo dos padres. Isso para constatar mais uma vez que não acumulei os milhões que gostaria. Bem longe disso. A lista das dívidas e obrigações é quase sempre de um tamanho muito maior que o desejado.

Por todos esse detalhes é sempre torturante o momento de fechar a bendita declaração. E é claro que como toda boa brasileira ou brasileiro, deixo para a última hora a agonia final. E ao ir no contador para finalizar a dita cuja (sim, porque desta vez dei-me ao luxo de fazer umas consultas básicas ao contador do meu marido), encontro antes de mim mais alguns bons patrícios, todos atrasados para prestar suas informações.

E tome sala de espera, é claro. E nessas horas arrastadas com o estômago roncando e sem entender a demora em alimentá-lo, sinto um cheiro convidativo de comida bem temperada, que começou a invadir minhas narinas, a essa altura combalidas pelo tempo de aguardo e pela dieta forçada. Não tive dúvidas e fui atrás do cheiro.

Encontrei dona Raimunda na cozinha da empresa. Risonha, ao ser elogiada, me disse timidamente  que se eu soubesse o que era..."É só feijão, minha filha, temperado com um pouquinho de alho refogado e cebola de cabeça". Ri junto com ela. "Dona Raimunda, fazer feijão é uma arte". Não tive coragem de pedir para provar, mas começamos a conversar sobre comida e ela me contou que já cozinhou para mais de um governador aqui no Estado.

E durante treze anos, preparou refeições para o antigo dono da empresa, já falecido. Perguntei se ela gostava de cozinhar e a resposta foi previsível, com os olhos brilhando: "Adoro"! E perguntei então pelos seus pratos preferidos. Ela passou a me dar a receita de uma costela que faz no forno, com batatas. "Tem que ser a mindim, minha filha, outra não serve. Deixa temperada de véspera com sal, vinagre, pimenta e alho, depois de bem limpa. No outro dia, faz um refogado com todas as verdurinhas (tomate, pimenta de cheiro e cebola para o refogado e também pedaços grandes de tomate e cebola crus) e arruma na assadeira com um pouquinho de óleo. Coloca a costela em cima, cobre com papel alumínio e deixa mais ou menos uma hora no forno em temperatura alta. Depois baixa a temperatura para o mínimo e espera ficar macia. Aí é só colocar batatas ao lado para assar, tirar o papel alumínio, deixar dourar e comer". 

Fiquei salivando ao pensar na costela. Ela ainda me deu uma outra receita e combinamos que eu faria o teste e lhe contaria da próxima vez em que fosse por lá. Voltei para a sala e ainda esperei um bom tempo para o atendimento. Quando terminei, estávamos ambos, eu e o contador, vesgos de fome. Lembrei que havia trazido bolo e uma conserva de berinjela para o lanche e fomos até a copa. Dona Raimunda já tinha saído. A conserva foi consumida em minutos, junto com um pão fresco que milagrosamente apareceu por lá.

E se não saí feliz com a declaração de renda, pelo menos saí bem satisfeita com a nova amiga e sua receitinha. Passei antes de ontem no supermercado para comprar a costela. Temperei do meu jeito, fiz o refogadinho e coloquei no forno. Precisei sair e recomendei à minha empregada que olhasse de vez em quando, para evitar ressecamento.

Mas ao chegar em casa, ela havia retirado a costela da assadeira original e, pecado mortal, desprezado aquele restinho de assado que ao ser acrescido de um líquido, vira um molho delicioso. Quase surto, mas como se diz por aqui, barco perdido, bem carregado. A costela estava muito macia, de comer de colher. Fiz uma farofinha de quinua com castanha para acompanhar, pois as batatas não foram acrescidas ao assado. Ficarão para a próxima. Recomendo chamar os amigos e se deliciar, é muito bom. Aproveite!






Costela assada (quase) da dona Raimunda   

Ingredientes 

Para a costela

01 costela bovina mindim (ou mindinho), inteira, limpa (a que eu fiz pesou 3,450g)
01 cebola pequena, picada
05 dentes de alho, picadinhos
03 colheres de chá de páprica picante
01 colher de chá de sementes de coentro moídos
Sal e pimenta do Reino a gosto
02 raminhos de salsa e 02 folhas de chicória, picadinhos
02 colheres de sopa de azeite
Vinagre de maçã a gosto, para a marinada

Para colocar no forno

01 costela marinada, com os temperos e um pouco do líquido
01 cebola grande, picada
03 pimentas de cheiro sem sementes, picadas
01 colher de sopa de azeite
Um pouquinho do líquido da marinada 

Farofa de quinua e castanha do Brasil 

03 colheres de sopa de manteiga
03 colheres de sopa de cebola bem picada 
1/2 xícara de castanha do Brasil crua mas não fresca (a que se compra no supermercado), bem picada
01 xícara de quinua em flocos
Sal e pimenta a gosto
Castanhas inteiras para decorar (opcional)

Para decorar

Molho pronto de tâmara
Azeite
Galhinhos de manjerona

Molho

Resíduos da assadeira, retirado o excesso de óleo, fervidos com 3/4 xícara de água até encorpar bem e passados na peneira. Sirva em molheira à parte.

Modo de fazer

Para a costela

Tempere a costela com todos os ingredientes secos da marinada. Use pimenta do Reino moída na hora. Massageie bem a peça de costela, passe o azeite e borrife o vinagre por cima, a gosto. Arrume a peça em uma assadeira grande, cubra com filme plástico e deixe na geladeira até o dia seguinte, virando de vez em quando para o tempero pegar dos dois lados. No outro dia cedo, faça o refogado em uma frigideira, colocando o azeite, as cebolas e pimentas de cheiro. Regue com um pouquinho do caldo da marinada. Arrume esse refogado em uma assadeira grande que possa ir ao forno. Coloque por cima a costela, ajuste o sal e a pimenta, cubra com papel alumínio e leve ao forno na temperatura máxima por cerca de uma hora. Dê uma olhada na peça, torne a cobrir e recoloque no forno em temperatura bem baixa. De vez em quando retire para olhar e ver o ponto do cozimento e se precisa de um pouco de água. Aqui em casa, não precisou colocar nenhum líquido e demorou em torno de três horas e meia para ficar pronta, mas depende muito do forno. Quando ela estiver bem macia, retire o papel alumínio e deixe dourar. Se usar batatas, coloque-as para assar junto, de maneira que ainda peguem um pouquinho do líquido da assadeira. Quando a costela assar, retire-a com o máximo cuidado para o prato de servir. Deglace a assadeira colocando água ou vinho, após ter retirado o excesso de óleo, para que esses resíduos do assado possam se tornar um molho escuro que pode ser servido por cima da carne. (Minha empregada não me permitiu fazer o molho, mas são ossos do ofício, quem mandou sair de casa antes de terminar o assado?). Sirva com a farofa de quinua e castanha e se desejar, arroz branco ou purê. Fica deliciosa!

Para a farofa de quinua e castanha do Brasil

Numa frigideira, coloque a manteiga e aguarde derreter, sem deixar queimar. Junte a cebola picadinha e a castanha e vá mexendo até que a castanha fique crocante. Junte os flocos de quinua e mexa continuamente. Tempere com sal e pimenta a gosto e retire do fogo. Reserve até o momento de servir.

Para a montagem

Arrume um fio de molho de tâmara (que se compra em supermercado ou casa de produtos árabes) no prato. Coloque a costela, um pouco da farofa e enfeite com uma castanha inteira, se desejar. Coloque um galhinho de manjerona ou outro de sua preferência, um pouquinho de azeite e sirva. À parte, deixe uma molheira com o molho, para que cada um se sirva. Bom apetite!